FABIANA COZZA
Próximos shows
10
out
Memórias Negras
Casa Sueli Carneiro
17h
Conversa entre Fabiana Cozza, Oswaldo dos Santos (pai da cantora), Yandara (percussionista). Mediação: Ana Flavia Magalhães
9
nov
10 anos do projeto Cores do Nosso Samba
Natal (RN)
19h
Paulo César Pinheiro
"Uma das vozes mais bonitas surgidas nos últimos tempos,
de timbre personalíssimo,
Fabiana veio para ficar."
Apresentação para o CD "Fabiana Cozza" (2011)
Maria Bethânia
"Fabiana, seu disco é lindo. Você sempre canta bonito, sempre usando com maestria seu timbre, alcance vocal, apuro nas notas, caprichosa na escolha dos músicos. E mais que tudo isso, eu gosto que você cante a sua música, livre."
Apresentação para o CD "Partir" (2015)
Nei Lopes
“(...) ela reverencia sua ancestralidade real e espiritual, entrelaçando referências afro-brasileiras e afro-cubanas definidoras (...)”
Para o livro Afro-Brasil Reluzente - 100 Personalidades Notáveis do
Século XX (2019)
Luiz Antonio Simas, sobre Urucungo
Muito mais do que um ritmo ou um bailado coreográfico, o samba é um sistema de organização do mundo. A partir dele elaboram-se múltiplos modos de vida, saberes, formas de apropriação da realidade, construção de identidades comunitárias e práticas cotidianas: jeitos de comer, beber, vestir, festejar, relembrar os mortos, celebrar os deuses, louvar os ancestrais etc.
Neste sentido, Nei Lopes é o sambista completo, capaz de articular em suas composições a tradição e a contemporaneidade que mantém o samba vivo como o baobá majestoso; aquele que guarda em suas raízes o espírito ancestral e aponta seus galhos frondosos para o porvir, aconchegado no colo do Tempo.
Ao gravar neste álbum composições inéditas de Nei Lopes, em voo solo ou com parceiros consagrados, Fabiana Cozza reverencia com seu canto - também ancestral, feito de seixo e maré - o artista, intelectual, escritor, poeta e sacerdote de Orunmilá que comemora oitenta anos com fôlego invejável, alegria e fartura criativa.
A obra de Nei na voz de Fabiana reelabora as experiências de vida no sentido da permanência, da transcendência, do espanto e da beleza. Festejemos essa dádiva generosa de criação e canto, plantada como axé no terreiro-mundo.
Emicida, sobre Urucungo
Existem façanhas que apenas o Samba pode alcançar. Por exemplo, o salto quântico dos afrodescendentes brasileiros em direção a sua dignidade no mundo novo e a sua inegociável condição de seres humanos, é algo que jamais pode ser desassociado do Samba. Aqui entenda Samba como algo maior do que apenas um gênero musical, falo de uma filosofia de vida, um fruto de uma árvore diaspórica que molda nossa forma de existir no mundo. Um rio correndo para o mar. Celebrar algo dessa magnitude com a grandiosidade exigida, não é tarefa fácil, exige um time de responsa e acredito que Fabiana Cozza não poderia ser mais feliz nesse projeto de composições inéditas do mestre Nei Lopes, do que foi com essa tropa que a acompanha. Arranjos fantásticos de Henrique Araújo, Gian Correa, João Camarero e Guinga nas mãos de um time de músicos que mais se parece com uma constelação. Como diria meu mestre Wilson das Neves – quem lhes ensinou, sabia... Fabiana é uma talentosa, sensível e destemida pesquisadora do que há de mais belo e profundo nessas tantas Áfricas brasileiras. Nei Lopes é o Nei Lopes ora, embora dispense comentários vale dizer que toda vez que penso nele, me vem à mente a definição que Hampate Bá fazia dos anciãos – o homem é uma biblioteca viva. Juntos, nessa empreitada, eles quebram a linha do tempo e do espaço e nos dão a oportunidade de nos sentirmos como se assistíssemos Pelé e Marta dividindo o campo. A mim, resta dizer, obrigado por Urucungo, professores!
CONTATO
Agô Produções
Marcos Ramos - Gestão de Carreira